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Fabio Leal |
A Usina dos Atos foi convidada a prestigiar o musical Tarzan e ao
término da peça, pairou a dúvida: "como falar de uma peça infantil quando
sua infância já passou há tempos?".
Poderia ser uma tarefa muito difícil, mas as crianças que estavam
presentes são a chave para esta indagação, pois elas não ligaram muito para o
fato dos atores usarem playback, ou para as perucas com "cara" de
perucas, a única coisa que importava era o carisma dos personagens, a música
divertida, os atores travestidos de animais e a possibilidade de interação. Um
dos momentos mais cômicos da peça ocorre quando a Jane (estranhamente seu nome
era pronunciado como no original em inglês) está perdida e pede ajuda aos
espectadores, neste momento uma menina insiste em apontar o caminho, chegando a
brigar com a atriz.
Ao final da peça a sensação é de leveza, pois não há nada para refletir,
foi apenas uma hora de entretenimento, mas não para as crianças, que provavelmente
sonharão com o herói perdido em um lugar que não é o seu. No fim, com o Tarzan,
aprendi que eu posso me divertir, mesmo quando estou fora do meu hábitat
natural.
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Léo Felipe Cardoso |
Fica a dica: levem seus filhos, sobrinhos, netos ou a criança escondida
em vocês!
A peça Tarzan está em cartaz no teatro Maria Della Costa: http://teatromariadellacosta.com.br/#
Por Fabio Leal
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